O próximo desafio dos Conservadores
Aproveitemos o aparente avanço do Conservadorismo mundialmente para consolidarmos uma maior autodeterminação consciente do povo (meios de ação nas mãos do povo)
Todos os governos, em maior ou menor grau, estão caminhando inexoravelmente em direção à Tecnocracia, um sistema em que o poder se concentra nas mãos de uma elite técnica e científica, muitas vezes sob a influência crescente das inteligências artificiais (IAs). Esse movimento não é apenas uma tendência passageira, mas uma transformação estrutural que reflete o avanço tecnológico e a centralização do controle sobre a informação, os recursos e as decisões políticas. As IAs, com sua capacidade de processar volumes colossais de dados e prever comportamentos, tornam-se ferramentas irresistíveis para aqueles que buscam moldar sociedades inteiras segundo seus interesses.
Diante desse cenário, é imperativo que aproveitemos as janelas de oportunidade que ainda restam antes que o cerco se feche completamente. Estamos vivendo um momento singular na história: as mudanças tão almejadas por muitos de nós — a queda das narrativas globalistas e comunistas, o descrédito das suas mentiras outrora aceitas como verdades absolutas, e a revolta crescente contra a censura, a agenda woke e a inversão sistemática dos valores tradicionais — estão se materializando diante de nossos olhos. Há um sopro de esperança no ar, uma reconquista gradual da confiança do povo nas ideias que defendem a liberdade e a dignidade humana.
No entanto, como já alertava Thomas Jefferson, "o preço da liberdade é a eterna vigilância". Essa máxima nunca foi tão atual. Se nós, conservadores, desejamos verdadeiramente o bem dos bons políticos — aqueles que genuinamente representam os princípios que defendemos —, precisamos apoiá-los não apenas com aplausos, mas com críticas assertivas e vigilância constante. Baixar a guarda agora seria abrir espaço para a infiltração de "camaleões" no interior do conservadorismo: oportunistas que se vestem com as cores de nossos ideais, mas carregam em seu cerne as mesmas intenções totalitárias de outrora.
O sistema velho, carcomido e cacarejado, está ruindo sob o peso de suas próprias contradições. Mas, como a natureza do poder não tolera vácuos, algo novo — ou pelo menos aparentemente diferente — está emergindo em seu lugar. Paralelamente aos avanços exponenciais da inteligência artificial, uma nova realidade mundial está sendo moldada, sutil e insidiosamente. Governos tecnocráticos, travestidos com a bandeira do conservadorismo, começam a tomar forma. Por meio de algoritmos sofisticados, os tiranos deste mundo — muitos dos quais se infiltram habilmente no movimento conservador — analisam padrões de comportamento da população, mapeiam suas fraquezas e constroem cenários cuidadosamente projetados para iludir as massas. O objetivo? Cegar as pessoas para os ataques que já estão sofrendo, mantendo-as inertes e submissas.
Esse controle totalitário não é mais o mesmo de décadas passadas, com suas formas brutais e visíveis. Ele se reinventou, tornando-se mais sofisticado, quase imperceptível. Se antes a agenda woke era o cavalo de batalha dos autoritários, agora eles se escondem sob o manto do conservadorismo, tornando extremamente difícil apontar suas contradições sem ser acusado de trair o próprio movimento. Mas aqui reside o paradoxo: se queremos preservar a integridade do conservadorismo, devemos mantê-lo puro e fiel aos seus princípios, e isso só é possível por meio da ação vigilante e incansável do povo. A crítica construtiva e a desconfiança saudável não são traição; são a essência da defesa de um ideal.
Não é por acaso que estamos vendo uma migração em massa de figuras influentes — especialmente empresários das Big Techs e líderes ligados ao desenvolvimento da inteligência artificial — abandonando a cultura woke, que antes apoiavam fervorosamente, para abraçar o espectro político conservador.
Esse movimento levanta uma questão crucial: será que essas pessoas, que outrora defendiam posturas totalitárias sob a bandeira progressista, realmente abandonaram suas inclinações autoritárias ao mudar de lado? A resposta, infelizmente, é um sonoro "não". O conservadorismo autêntico exige coerência intelectual, emocional e moral — uma bússola interna que guia ações e decisões. Contudo, a presença desses "camaleões" já introduz uma série de incoerências que ameaçam minar os alicerces do movimento.
Os princípios fundamentais do conservadorismo, inspirados em bases como a Constituição dos Estados Unidos, são claros e inegociáveis: liberdade individual, incluindo a liberdade de expressão como pilar sagrado; autodeterminação do povo, expressa inclusive no direito à legítima defesa armada; e justiça com isonomia, garantindo que a lei seja aplicada igualmente a todos, sem privilégios ou exceções. Relativizar qualquer um desses pilares é trair o conservadorismo em sua essência. Um exemplo prático dessa relativização ocorre quando, em nome de supostas "nuances técnicas" ou diplomacia, equipara-se um país claramente ditatorial a outro que luta para preservar sua soberania e liberdade. Esse tipo de falseamento, que ignora a verdade, a moral, a justiça e a honra, abre precedentes perigosos para a erosão dos valores que defendemos.
Todo conservador genuíno deve se posicionar firmemente contra o movimento globalista woke e o eixo das ditaduras que ainda persistem no mundo. Mas essa luta não pode se limitar ao inimigo externo. É igualmente essencial manter os olhos abertos para a ascensão da Tecnocracia, que representa uma ameaça interna e silenciosa. Na prática, a ética moral, espiritual e conservadora já foi completamente dissociada da ciência e da tecnologia contemporâneas. Estas, por sua vez, tornaram-se um cavalo de Troia, carregado de códigos maliciosos — não apenas no sentido literal, mas metafórico — projetados para manipular as massas e moldá-las ao modelo do "escravo perfeito": obediente, desprovido de consciência ativa e incapaz de resistir.
George Orwell, em sua genialidade distópica, imaginou um futuro sombrio em 1984. Mas até ele ficaria estarrecido ao perceber que a realidade que se desenha hoje vai além de suas previsões mais pessimistas. O controle não precisa mais de botas no chão ou câmeras em cada esquina; ele opera nas sombras, nas linhas de código, nas telas que carregamos no bolso e nas narrativas que consumimos sem questionar. A Tecnocracia, disfarçada de aliada, é o próximo grande desafio do conservadorismo — e, se não estivermos atentos, pode ser seu algoz.
Mas o que é Verdadeiro é Eterno, e não está debaixo do guarda-chuva de ninguém. Lutar para se manter íntegro aos princípios que nos levam a Verdade é fundamental, e jamais poderá ser relativizado.
Nada pode ser maior que a Força Divina! Todo esse castelo de cartas irá ruir!